Vereadores de Londrina são contrários à praça de pedágio na PR 445

Lenir de Assis (PT) integra a Comissão de Acompanhamento do Pedágio, cujas concessões terminam em novembro próximo
Reunião na CML traçou estratégias para mobilização contra o pedágio na PR 445.

A vereadora Lenir de Assis (PT) participou nesta segunda-feira, pela manhã, de uma reunião convocada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Jairo Tamura, e pela Comissão Especial de Acompanhamento do Novo Modelo de Pedágio no Paraná, do qual é integrante. O objetivo da reunião foi traçar estratégias com a sociedade civil contra a instalação de uma praça de pedágio na PR 445. Os vereadores de Londrina são contrários à praça.

A Comissão Especial de Acompanhamento do Novo Modelo de Pedágio no Paraná é composta, também, pelos vereadores Madureira (PTB) e Beto Cambará (Pode). O vereador Nantes (PP) e o deputado federal Boca Aberta (Pros) também participaram da reunião. O encontro contou com a presença de representantes de empresas, cooperativas e indústrias instaladas na PR 445, de moradores e produtores dos distritos rurais de Londrina.

Originalmente, o projeto previa a cobrança no km 57, próximo ao Jardim União da Vitória. “Desde o início, marcamos posição contrária a essa praça, mas não adianta tirá-la de Londrina e instalar em outro ponto”, disse Lenir de Assis. “Esse modelo de pedágio é mais do mesmo. O valor da tarifa continua alto, mesmo baixando nos 10 primeiros anos. A tarifa ficará 40% maior, com o tal degrau tarifário.”

Lenir de Assis com lideranças do MST: Edelvan Carvalho, Sandra Ferrer (a Flor) e José Damasceno.

Lenir de Assis também criticou que o estado realiza obras nas rodovias com dinheiro público e depois repassa para a iniciativa privada. “O estado usa o dinheiro do contribuinte para realizar obras e entrega, depois, para a iniciativa privada lucrar. Fazer obras para as concessionárias ganharem dinheiro? Isso não é correto”, disse. As atuais concessões vencem em novembro próximo.

O governador Ratinho Júnior enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que deve apreciar a matéria nesta semana. Pelo projeto, a gestão das rodovias estaduais será repassada em lotes para o governo federal, por 30 anos. “É agora o momento de protestar contra esse modelo que é caro, que entrega obras feitas com recurso público para as empresas”, alertou o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), presidente da Frente Parlamentar do Pedágio na Alep.

O deputado explica que o Paraná não pode aceitar esse modelo por mais 30 anos, porque repete os erros cometidos nos anos 1990, quando o governador Jaime Lerner privatizou as rodovias, a partir das concessões. “Quem vai pagar o preço é a população novamente, mesmo aqueles que não usam as rodovias”, disse. “Toda mercadoria que circule por essas vias terá embutidos em seu preço final, o valor dos pedágios. Isso encarece a vida do paranaense”, ressaltou o deputado estadual Arilson Chiorato.

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