Violência nas escolas: Precisamos falar sobre a saúde mental de nossas crianças!



A vereadora Lenir de Assis (PT), presidenta da Comissão de Seguridade Social, falou na sessão da Câmara de Londrina, 28 de março, sobre a necessidade de um debate amplo para discutir casos de agressões cometidos por alunos nas escolas. O tema voltou à tona com o ataque em escola de São Paulo, por um aluno de 13 anos, na segunda-feira (27/03),. O episódio resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Um dia depois, em uma escola na Zona Norte de Londrina, um aluno de 12 anos, foi para a escola com uma faca, depois de ameaçar seus colegas nas redes sociais. A criança foi suspensa e o Conselho Tutelar acionado.

"É chocante vermos o que aconteceu em São Paulo. Mas temos que olhar para esta realidade aqui em Londrina. Precisamos identificar crianças e adolescentes que apresentam sinais de possíveis comprometimentos da saúde mental. E isso precisa ser feito nos vários espaços onde eles estão: nas escolas, nas UBSs, na família", afirmou a vereadora.

Lenir de Assis falou sobre a importância de se debater formas de ação em rede para a prevenção, para não chegar ao ponto de uma agressão, de uma violência dentro da escola. "Estão todos muito preocupados, escola, professores, família com a segurança. Precisamos pensar, entre outras, em ações de cuidado com a saúde mental e de respeito à diversidade nas escolas." 

10 ataques em 9 meses

Pesquisa do Instituto de Estudos Avançados (Idea), da Unicamp, divulgada pelo Mídia Ninja, indicou que nos últimos 9 meses foram 10 atentados em escolas no Brasil. A maioria cometido sob alegação de bullying. O Instituto Sou da Paz também pesquisa sobre o tema e associa o aumento de casos à cultura de intolerância dos últimos anos. Para o Instituto, é preciso criar uma cultura da paz nas escolas.

Governo Federal - Educação em Direitos Humanos

Diante do ataque na escola de São Paulo, o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou na Carta Capital, que  “ao que tudo indica, trata-se de ataque ligado aos efeitos da radicalização de jovens, conectados por redes de incitação ao ódio e à violência. Há anos, especialistas vêm alertando para o crescimento deste fenômeno e de como as autoridades ainda se encontram perplexas.” 

Silvio Almeida disse ainda que o ministério criou um "Grupo de Trabalho de enfrentamento ao discurso de ódio e ao extremismo, cujo relatório deverá subsidiar a formulação de políticas nacionais de educação em direitos humanos."





 


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